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Queda de Cabelo

Queda de cabelo

Problema é comum após doenças agudas no organismo

Teve Covid-19 e está percebendo piora na queda do cabelo? Calma, você não é o único ou a única. O problema tem nome, eflúvio telógeno, e ocorre após doenças agudas, não somente após a contaminação pelo coronavírus. Segundo a dermatologista Joana Tebar Figueira, o eflúvio telógeno é muito frequente pós doenças agudas do organismo, por isso está muito prevalente no pós-Covid. O problema pode surgir até quatro meses após a doença. “Isso pode ser causado também por outras doenças, doenças inflamatórias, por infecções por dengue. Então, qualquer desajuste do organismo agudo pode justificar uma queda após alguns meses”, diz.

Para a dermatologista Danielle Agiar, nossos fios e couro cabeludo vêm sofrendo muito com a pandemia. “Mesmo após dois anos de pandemia, a queda de cabelos ainda é muito prevalente e tem sido campeã de reclamações no consultório. E atualmente, com a experiência que temos, existem algumas variáveis que colaboram para essa queda. Como o estresse provocado pela pandemia, o processo inflamatório que ocorre no organismo, a síndrome febril, o somatório de questões como emagrecimento, alterações hormonais, metabólicas e uso de medicamentos. Além disso, muitas pessoas apresentaram uma piora em quadros de dermatite seborreica, com coceira, descamação e feridinhas no couro cabeludo, entre outras queixas dermatológicas. O mecanismo de ‘defesa’ que o folículo encontra é entrar em ‘repouso’. Traduzindo, os fios entram na fase telógena, que é quando se desprendem dos folículos e caem”, explica a dermatologista.

Há casos em que a queda pode parar sozinha, mas o ideal é procurar um especialista. “Existem alguns exames para investigar outras doenças que também causam eflúvio, exames para pesquisar outras doenças que poderiam justificar a queda e descartar essas outras doenças. E existem vários tipos de tratamentos que dependem da intensidade da queda e de quanto tempo o paciente está tendo a queda”, explica Joana.

A dermatologista Angélica Pimenta, especializada em tricologia, explica que o cabelo tem um ciclo capilar, nasce, se desenvolve, cresce, fica estável por um tempo, ciclo semelhante a uma planta. Depois nasce outro cabelo no lugar. “Queda de 15% é considerada normal. Quando aumenta a queda habitual deixa de ser normal. Muitos especialistas dizem que se cai acima 100 fios por dia é considerada queda excessiva, porém, cada pessoa sabe o que é comum ficar de fios ao escovar ou lavar os fios. Se aquela quantidade passa a ser superior, o cabelo rarear, por exemplo, ao fazer um rabo de cavalo, ou ficar mais fino, temos aí, uma alteração importante que deve ser analisada”, diz.

Tratamentos:

Segundo a dermatologista Danielle Aguiar, existe uma enorme variedade de alopecias (androgenética, areata, de tração, fibrosante frontal, entre outras) e de fatores que podem desencadear um processo de queda. Por isso, somente um especialista é capaz de fazer o diagnóstico correto, através da avaliação criteriosa do paciente, de exames laboratoriais, clínicos e de imagem diagnóstica. “O primeiro passo para o sucesso de qualquer tratamento é identificar a origem do problema: se é uma queda passageira, uma queda associada a algum problema infeccioso, inflamatório, genético, hormonal, ou ainda de origem nutricional, emocional ou medicamentosa”, explica a médica.

Dentre os tratamentos, Danielle recomenda a associação dos cuidados em casa com os procedimentos em consultório. “Os lasers de baixa intensidade, os lasers fracionados, o LED e o microagulhamento robótico são muito interessantes e potencializam a ação de ativos importantes para frear a queda. A escolha dessas substâncias também é feita de forma personalizada, já que os circuitos e protocolos são desenvolvidos de acordo com as necessidades de cada paciente. A intradermoterapia e o plasma rico em plaquetas (PRP) também são exemplos de tratamentos de ponta”, explica Daniele.

Alimentação saudável

Sabe aquela expressão ‘você é o que você come’, pois ela também vale para os cabelos. “Uma boa alimentação é a base de tudo. A ingestão de vitaminas deve ser adjuvante no tratamento e cabe ao dermatologista avaliar se o paciente tem alguma carência e, quando necessário, prescrevê-las em doses de reposição ou em doses baixas, através dos nutracêuticos. A bola da vez são substâncias como o keranat e o óleo de borragem”, explica Danielle.

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